
Como é fácil ter compaixão com crianças e animais.
Embora sejamos naturalmente com-passivos, exercer autocompaixão é sempre um desafio. Por algum motivo crescemos acreditando que, num diálogo interno, uma abordagem inflexível é mais efetiva do que o apoio, compreensão e amor incondicional.
Alguns equívocos: Autocompaixão não é autopiedade, indulgência ou desculpas esfarrapadas.
Mesmo sendo tão doloroso, continuamos apegados à autocrítica exagerada por conta da ilusão de controle. “Eu não devia ter falhado”: isso evoca a possibilidade de que a falha não era possível e ela aconteceu somente porque fizemos algo de errado. Adoramos a ilusão de ser teoricamente possível sermos infalíveis.
Se num estalar de dedos fosse possível erradicar nossa pior limitação, não o faríamos? Se temos tanto controle, por que não o fazemos? Falta de esforço? Sentimo-nos cada vez mais fracos e aprisionados.
Existem muitos motivos pelas quais não somos exatamente o que gostaríamos de ser. Genética, cultura, nível de estresse... e poraí vai. A realidade muito difere de nossas altas e desleais expectativas.
Compaixão é a chave.
Olhemo-nos como uma mãe olha seu filho em aprendizado.
Ao invés de nos acorrentarmos, isolados, em amargura e autoflagelação; Criemos pontes: é difícil para todos.
“O curioso paradoxo é que quando eu me aceito como sou, posso então mudar”.
É preciso ter coragem.
Na disciplina da bondade, encontraremos o remédio.
E no final, sairemos fortalecidos. ♥️
Yola Isfer
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