
(Fonte: Arquivo Pessoal)
Embora o tarô exerça um papel relacionado ao sentido original da palavra religião - em latim, "religare", religando-nos ao nosso mais profundo ser e ao universo como um Todo - ele não faz parte de nenhuma doutrina ou instituição filosófica.
No entanto, é frequentemente utilizado pelo vasto e diverso meio esotérico e alternativo como uma ferramenta espiritual de autoconhecimento e prática meditativa. Ou seja, novamente trazendo-nos o conceito de reconexão. Portanto, é comum você se deparar com pessoas que se dizem espiritualistas e leiam cartas de tarô, entretanto, isso não é regra. Assim como uma taça pode ser utilizada para fins ordinários ou sacros, tudo depende do objetivo. O tarô é essencialmente laico.
Utilizar cristais, velas ou incensos numa consulta de cartas é algo muito pessoal e vai de acordo com o gosto de cada profissional. Eu, por exemplo, adoro!
Existem vários tipos de Tarô, todos eles altamente carregados com símbolos das mais diversas origens... históricos, astrológicos, judaico-cristãos, mitológicos e por aí vai...

A simbologia grega no Tarô Mitológico (Fonte: Google Imagens).
Antes somente reduzido a um instrumento lúdico e mágico, hoje o tarô também pode ser relacionado aos estudos arquétipicos da Psicologia Analítica de Carl Jung e o conceito de Sincronicidade. As cartas sorteadas numa consulta são sincronísticas, ou seja, obedecem uma coincidência significativa e refletem informações trazidas do subconsciente. É a partir de sua interpretação simbólica que ele funciona como um ESPELHO que AMPLIA nossa visão sempre essencialmente superficial de uma situação.

(Fonte: Google Imagens)
Como tudo que se manifesta de maneira subconsciente, a sincronicidade é capaz de ensinar sobre a sensação de relatividade do tempo, ou seja, refletir durante uma consulta de Tarô evocações do passado e lampejos do futuro. As distâncias se encurtam e a exposição de causas e efeitos se tornam mais claras.
Yola Flores Isfer
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